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Acaba de ser publicado o dossiê "Religiões e cidades brasileiras, caminhos cruzados", na revista Anuário Antropológico, organizado por Marcella Araujo, Marcelo Moura Mello e Rodrigo Toniol. O dossiê reune 7 artigos, escritos por 11 autores. Acesse aqui a apresentação do dossiê e neste link navegue por todos os textos.
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Marcella Araujo, Marcelo Moura Mello e Rodrigo Toniol organizaram o dossiê Religiões e cidades brasileiras, caminhos cruzados na revista Anuário Antropológico. A publicação integral do dossiê será concluída na próxima semana, mas já é possível conferir alguns dos textos que o compõem. Acesse aqui.
Quando as Igrejas e o Convento do Carmo de Mogi das Cruzes foram tombadas pelo Serviço do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (SPHAN), em 1967, já se falava na sua demolição. Os protestos foram imediatos quando a medida foi anunciada à Angelino Wissink e à Hilarião Remmerswaal, eclesiástico da Ordem Carmelita. Segundo os carmelitas, nada de “antigo nem de artístico” restava às Igrejas e ao Convento do Carmo. As reformas sofridas pelas construções haviam as deixado “mutiladas”, argumentaram, e já eram compatíveis com as necessidades das “almas confiadas aos cuidados” da ordem. Os carmelitas definiram as construções erguidas entre os séculos XVII e XVIII como “monumentos mortos” de um “peso tremendo” para a cidade. Era necessário, portanto, substituí-las por um templo maior, “moderno” e recheado de “inovações”, compatível com o “progresso” de Mogi. Angelino e Hilarião não estavam sozinhos nesta defesa: ainda em 1967, o SPHAN recebeu 6.184 assinaturas de moradores e eclesiásticos pelo cancelamento do tombamento das Igrejas e do Convento do Carmo. A resposta furiosa do órgão partiu de Lucio Costa, diretor da sua Divisão de Estudos e Tombamentos. Questionando como se poderia, em “sã consciência”, condenar as Igrejas e o Convento do Carmo à “pena de morte”, Lucio relembrou o valor histórico e artístico das construções. As vontades dos “fiéis (ou infiéis)” de Mogi, escreveu, não poderiam justificar a demolição das “testemunhas” das origens e da “tradição” da cidade. Que os carmelitas construíssem seu novo templo em outro local, se quisessem. O Conselho Consultivo do IPHAN determinou, por unanimidade, que as Igrejas e o Convento do Carmo fossem tombadas compulsoriamente. Em 1982, outro tombamento veio do Conselho de Defesa do Patrimônio Histórico, Arqueológico, Artístico e Turístico (CONDEPHAAT). Hoje, as Igrejas e o Convento do Carmo podem ser visitadas no mesmo local que sempre ocuparam, mas com a adição do seu Museu das Igrejas do Carmo, inaugurado em 2005. Fonte: Arquivo Central do IPHAN, proc. 0790-T-67 (Convento e Igreja da Ordem Primeira do Carmo e Igreja da Ordem Terceira do Carmo). 5/4/2024 0 Comentários Michael TaussigRodrigo Toniol e Els Lagrou coordenaram o dossiê dedicado ao antropólogo Michael Taussig, na Revista Sociologia e Antropologia. Neste dossiê os leitores encontrarão uma entrevista com Taussig feita por Toniol e Lagrou, três textos sobre sua obra e a tradução, inédita em português, da primeira parte do livro Defacement.
Acesse todos os texto clicando aqui. Marcella Araujo e Rodrigo Toniol publicaram o artigo intitulado "Pé de passagem: sobre as potencialidades das caminhadas como atividades de ensino, pesquisa e extensão". Veja abaixo o resumo do texto e acesse o artigo pelo link:
Este artigo apresenta um relato sobre o processo de extensão universitária "Mapeando a diversidade religiosa no Centro do Rio de Janeiro”. A partir da descrição das atividades iniciais do grupo e de seus desdobramentos como um projeto de pesquisa, pretendemos explorar e refletir sobre o lugar que as atividades de extensão podem cumprir na universidade e na formação de pesquisadores. A estrutura do texto espelha a centralidade que as caminhadas adquiriram durante o nosso processo de pesquisa. Trataremos das caminhadas não apenas como ato de deslocamento, mas sobretudo como um fundamento triádico: como recurso de formação dos graduandos em pesquisa, como estratégia metodológica e como forma de divulgação científica e interação com o público alvo de nossas atividades. https://seer.ufrgs.br/index.php/debatesdoner/article/view/127482 5/1/2024 0 Comentários Pé de Passagem
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